Como as pesquisas internas podem revelar detalhes desconhecidos de sua empresa.

Quando pensamos no ferramental típico do RH para medir aspectos menos tangíveis, pensamos logo na Pesquisa de Clima e Engajamento. De um ciclo anual em um passado não muito longe ela acabou evoluindo para pesquisas semestrais. Densa e pesada não é possível aplicar uma pesquisa como esta de maneira mais recorrente e naturalmente ela acabou se transformando naquilo que hoje conhecemos como pesquisa de pulso: medições muito mais constantes, semanais até, mas muito menos abrangentes. Isso permitiu às empresas monitorar o clima de maneira muito mais granular e constante.

A tecnologia tem um papel fundamental nisso. Até por volta de 2017 não tínhamos sistemas que nos ajudassem de maneira eficiente e a um custo razoável fazer este monitoramento. Com a chegada das HR Techs no modelo SaaS o panorama mudou,  bem como mudou a relação da empresa com o interesse em conhecer mais de sua equipe.

Hoje temos sistemas, como a GregHub, que automatiza todo o processo de monitoramento, permitindo inclusive que monitoramos outros ângulos da relação que os funcionários estabelecem com seu trabalho. Abaixo mostro diversas pesquisas que podemos ser feitas com o time para entender ângulos e aspectos até então não analisáveis.

1. Pesquisas de pulso: aplicadas semanalmente são pesquisas super curtas, de em média 3 a 6 perguntas cuja resposta deve ser numérica, por exemplo: “De 1 a 5 qual seu nível de satisfação com seu salário?”. Geralmente com um push por email, estas pesquisas são incrivelmente poderosas para identificarmos desvios e oscilações no clima da empresa, diretorias e departamentos. A maneira mais eficiente de usar estas pesquisas é criando um rol com aproximadamente 30 perguntas, e soltá-las de forma cíclica ao longo do mês. Desta forma todos os meses conseguimos ter um panorama completo do clima e engajamento. Importante destacar que este formato consegue sim dar uma visão ampla de diversos aspectos da empresa, mas não consegue se aprofundar em nenhum deles pela sua própria natureza recorrente. Para explorar os temas de forma mais detalhada, sugiro considerar as pesquisas abaixo.

1. Pesquisas sobre saúde mental: nem sempre a pesquisa de pulso consegue capturar todos os nuances da operação de uma empresa. Ângulos específicos muitas vezes devem ser abordados de maneira mais intencional, como é o caso da saúde mental. O tema por si só já é complexo o suficiente para merecer uma pesquisa  específica que aborde pontos que extrapolam o âmbito profissional, por exemplo: “de 1 a 5 qual o nível de angústia familiar que você está sentindo ultimamente?”. Apesar de não medir algo cuja solução está ao alcance da empresa, revela detalhes que podem disparar alguma ação de amparo por parte da empresa, melhorando diretamente a percepção que os colaboradores têm dela. Além disso, sabemos também o quanto a relação com o trabalho pode interferir na saúde mental, sendo assim perguntas como “o quanto sua rotina profissional tem impactado na sua saúde mental” podem ser feitas de forma bastante direta e, geralmente, apontam para problemas que a pesquisa de pulso também capturam.

1. Pesquisas sobre liderança: Mais do que apenas medir a qualidade da liderança, estas pesquisas são excelentes para entender o modelo de liderança mais adequado para determinada empresa. Quem são os líderes mais bem avaliados? O que eles têm em comum? Retroalimentando os treinamentos e modelos de formação de liderança estas pesquisas valem ouro para empresas que estão criando e estruturando seus modelos de liderança ou que ainda estão imaturos neste tema. Explore o tema junto a seu time! Veja abaixo um exemplo de pergunta que pode te mostrar, CEO, como entender melhor a dinâmica que seus colaboradores adotam sobre liderança:

“Qual o estilo de liderança com o qual você mais se identifica?

1. Democrático
2. Transacional
3. Transformacional
4. Carismático
5. Situacional

As respostas podem te mostrar que em determinados times, como de CS por exemplo, um gestor situacional pode ser melhor aceito, enquanto em tecnologia um líder mais democrático tenha mais espaço. Conheça sua empresa! +

1. Pesquisas de adesão aos valores e cultura: Uma pesquisa dedicada exclusivamente para entender o quanto o time está alinhado com os valores, cultura, visão e missão da empresa. Aprofundando em cada um destes aspectos podemos entender onde a comunicação corporativa deve se adaptar para que consigamos um alinhamento maior e melhor. Conseguimos também entender quais valores podem ser melhorados ou evoluídos, e ganhamos a chance de escutar um pouco quais valores os colaboradores gostariam de emprestar a cultura organizacional. Lembre-se que uma parte da cultura é ofertada pela empresa, a outra metade é a interpretação que os colaboradores fazem dela. Apesar de eu recomendar que a maioria das perguntas tenha um caráter numérico e portanto calculável, não precisamos nos limitar a isso. Perguntas abertas são excelentes para capturar detalhes que muitas vezes não conseguimos em respostas padronizadas. A utilização de inteligência artificial hoje nos permite sintetizar uma série de respostas e extrair, por exemplo, nuvens de palavras ou análises mais específicas sobre um tema de interesse.

1. Pesquisas de benefícios: Sempre vai ter alguém descontente com algum benefício, mas se você escutar seus colaboradores poderá enxergar formas de trazer mais valor para seu pacote de remuneração. Se em sua empresa você ainda usa um destes cartões tradicionais de vale-refeição, tente perguntar se eles preferem mudar para uma opção flexível, por exemplo. Você marcará um golaço com o time se escutá-los e, na medida do possível, atendê-los. Uma área de RH já mais amadurecida consegue melhorar significativamente a percepção de qualidade de sua cesta de benefícios ao escutar seus colaboradores e buscar no mercado soluções que melhor se encaixe em suas necessidades. Te garanto que você terá diversos insights dependendo do perfil do seu quadro de funcionários. Talvez em uma empresa de tecnologia, com gente muito jovem, seja mais importante uma assistência médica em nível nacional do que uma que ofereça apartamento, mas seja regional, por exemplo. Já pensou nisso?

1. Pesquisas de satisfação: Isso não é novidade nenhuma, mas agora temos tecnologia para nos ajudar. Antigamente, após cada evento corporativo, fosse um treinamento ou uma reunião geral, distribuímos folha de papel (sim, papel!) com perguntas sobre como foi o evento. As respostas sempre ajudaram a direcionar a elaboração dos eventos seguintes, bem como nos davam uma perspectiva da opinião dos colaboradores sobre determinado tema. Fosse uma apresentação de resultados, líamos coisas como: “-Não concordo com a meta estipulada”, ou ainda “só batemos a meta pois o time foi aguerrido”. Nem sempre precisamos fazer pesquisas que revelem aspectos estruturantes de uma empresa, como seu formato de gestão. Podemos fazer perguntas e pesquisas pontuais sobre determinado tema, como por exemplo a repercussão no mercado do lançamento de um produto novo ou da entrada de um concorrente no mercado.

Seja criativo nas pesquisas! Seu time conhece muito sobre sua empresa e seu negócio, e pode te ajudar a enxergar perspectivas que não estão mais tão aparentes para você. Geralmente conduzidas pelas áreas de comunicação interna e employee experience, estas medições frequentes e constantes que podemos captar de nossa equipe se tornam elementos criativos para as ações de RH. Conhecendo sua equipe, os investimentos em pessoas terão seu retorno multiplicado, pois serão muito mais eficientes do que quando fazemos uma ação que acaba sendo genérica pelo desconhecimento de nosso público alvo.

Conte com parcerias e tecnologia para te ajudar!

Na GregHub temos módulos que auxiliam na elaboração, disparo e gestão de pesquisas de clima, de pulso e todas essas deste artigo! Esses módulos contribuem com insights para que você tenha “a pessoa certa no lugar certo”!

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